
Fala, galera! Conforme prometido, segue o segundo de uma série de posts sobre
a aventura dos Coelhos em Buenos Aires). Clique no link ao lado pra ir acompanhando.
Chegamos numa sexta à noite. Sobre esse dia não tem muito o que falar. O voo, apesar da escala chata no Rio, foi supertranquilo. Quando chegamos, o Nestor, o taxista que a Carla arrumou daqui, trocou uma parte dos reais por pesos e nos levou pro hotel.
Nesse primeiro contato com Buenos Aires, duas coisas me chamaram a atenção: A primeira foi que a arquitetura dos prédios e as ruas estreitas me lembraram e muito o centro do Rio. A segunda foi que essa ida pro hotel totalmente com emoção, já que o Nestor era um Rubinho achando que era o Ayrton Senna, a ponto de eu, que normalmente sou estressadíssimo no trânsito, ficar assustado! O bicho tem o pé mais pesado que o de um elefante e dirige o tempo todo tirando fino dos outros. Aliás, como o argentino dirige de forma doida! Apesar disso, tirando minha cueca (quase) borrada, chegamos sãos e salvos ao hotel. As crianças capotaram lindamente com 30 segundos deitados na cama. Carla e eu fomos tomar uma geladinha pra conseguir relaxar do Nestor...
No dia seguinte, acordamos e fomos tomar café no hotel, que tinha uma razoável variedade de frutas e muita de massas, mas como eu precisava de um
carbo-loading pra prova, não reclamei. Aliás, nem os meninos, que adoram uma besteira apetitosa!
Logo depois, o primeiro revés: meninos com diarreia. Em nome do bom-senso, vou poupar meus três leitores dos pormenores, hehehe. Enfim, problema resolvido, fomos bater perna pela cidade, tirar um monte de fotos e pegar o kit da Maratona!

Buenos Aires é uma cidade que dá pra conhecer toda a pé. Então fomos tentar comprar chips argentinos pra gente colocar nos nossos celulares e nos das
chicas (minha sogra e uma amiga dela que viajaram com a gente). Andamos a cidade toda e nenhuma loja da Movistar aberta! Depois disso, desistirmos de achar o chip e passamos à saga de comprar e abastecer o cartão SUBE. Andamos mais uma vez Buenos Aires toda e nada! Ô, zica!
A essa altura eu vivia um dilema: bancar o chato e dizer que quero voltar pro hotel pra descansar ou andar com eles e sacrificar meu descanso? Pensei no tanto que a família inteira se sacrificou pra estar lá por minha causa e decidi andar e não falar nada. Só que o cansaço foi batendo e o mau-humor se instalando.
O mau-humor bateu as raias do insuportável com o segundo revés: A Carla torceu o tornozelo. Parece uma coisa besta, mas quem conhece o histórico de lesões e torções dela sabe o que isso representa. Fiquei doido, cheguei a pensar em desistir de correr no dia seguinte, porque tinha certeza de que seria uma bosta. Com meu chilique mitigado, vamos à Expo pra pegar o kit!
Como já falei antes, não achei a Expo lá essas coisas, mas eu estava tão emocionado que tirei o casaco que aparece na primeira foto e a camisa do dia só pra tirar uma foto com a camiseta (que também não achei lá essas coisas, mas enfim...). Coisa de estreante, hahaha

Kit em mãos, fomos pegar o metrô e bater mais perna pela cidade! Quando estamos lá no metrô, acontece uma coisa que me faz ter certeza de que daria tudo certo no dia seguinte. Quem me conhece sabe que sou Umbandista, ultimamente não-praticante, mas sempre com muito orgulho. Então, no meio da nossa viagem, entraram uns argentinos tocando "
Mas que nada" (é samba de perto-velho, samba de pretutu...). Não satisfeitos, os caras mandaram uma outra cujo título eu não me lembro, mas que falava dos Orixás. Quem leu o post da Maratona já pode imaginar o que aconteceu, né? hahahahahahah. Aliás, essa viagem daria um filme: "
Comer, chorar e andar"!

Descemos para ver a
Calle Florida, lugar de efervescência cultural de Buenos Aires. Benedito ficou vidrado por uns caras fazendo
street dance no meio da rua. Finalmente paramos pra comer... Um McDonalds! Achei que depois de um dia de tantas emoções a gente merecia uma porcariazinha gostosa só pra variar um pouco!

Mais bateção de perna e fomos jantar no Lalo, bem pertinho do nosso hotel (A foto não é de lá, é que tiramos poucas fotos de comida, pra Narayana não brigar com a gente, heheheh). Veio nos atender um garçom chamado Daniel. De início, achamos que ele foi um pouco rude, depois, com o tempo, vimos que é mais ou menos o mesmo temperamento de todos os argentinos, No final, acabou ficando bem solícito com a gente. Pois bem, hora de provar o famoso bife de chorizo argentino, mas antes, comemos uma deliciosa tortilla, com batata e pedaços de cebola dentro. Comi tanto que quase não sobrou espaço pro (maravilhoso) bife de chorizo!
Depois disso, fomos dormir cedo, porque o dia seguinte era o da Maratona. Como eu já contei como foi a prova, vou pular pra comemoração de depois, ainda nos acostumando com a tosqueira dos garçons argentinos!
Espero que você tenha gostado de ler o relato tanto quanto eu gostei de escrevê-lo!
Abraços, beijos e até a próxima!