E eis que chegou o momento em que Cal Newport, autor do livro
Minimalismo Digital, faz a sugestão que todos nós, viciados em aplicativos e redes sociais, mais temíamos:
deixar o celular em casa.
Se largarmos por um instante o InstaGramsci e o FoiceBook e pararmos pra pensar, lembraremos que a ideia de sair de casa sem o aparelho não nos causava pânico há 20 ou 30 anos atrás.
O que mudou de lá para cá?
O guru minimalista mostra várias alegações que criamos para esse medo, mas no final nos apresenta uma indagação incômoda:
será que nos apegamos ao aparelho por medo do tédio? Não sabemos se essa é a resposta definitiva, mas vemos que a pergunta faz sentido. Afinal de contas, quem não se pegou pegando o celular, sob a justificativa de olhar algum e-mail importante e inadiável, olhou 472 aplicativos e não olhou o bendito e-mail? Eu dei esse exemplo porque
faço exatamente isso todos os dias de semana! Ou seja, o que pode ter mudado de lá para cá foi termos inventado algumas desculpas para manter o aparelho sempre perto de nós...
Mas, calma! Não se trata de jogar o aparelho na lata do lixo, mas de dimensionar corretamente a sua utilidade, acabando com o falso mito de que ele é vital. O autor aponta a provável falsidade dessa dependência narrando vários caos de pessoas que criaram uma verdadeira cultura que prega que passar longos períodos longe do
smartphone não é necessariamente limitante, e que esse afastamento pode causar alguns incômodos no começo, mas que, além de ser menos traumático do que se imagina, os benefícios superam os problemas, fazendo, por isso, que o esforço valha a pena.
Uma ótima alternativa proposta por Newport é
levar o celular ao sair de casa, mas deixá-lo desligado, usando-o só em caso de emergência ou de real necessidade, obviamente usando o máximo de honestidade possível no julgamento da emergência ou da real necessidade em usar o aparelho. Essa medida trará a segurança de saber que o telefone está disponível, ao mesmo tempo que tirará aquela sensação de que o
smartphone está piscando para seu dono...
Um abraço e até a próxima!