
Fala, galera! Quem me acompanha por aqui já sabe que ontem era o dia da
maratona organizada pela equipe onde eu treino, a
MarciaRosaRunners, e que eu ia tentar melhorar meu tempo na distância.
Pois é, não rolou recorde... Mas antes de analisar o porquê disso ter acontecido, deixo bem claro que, diferentemente de 2018, onde
fiquei muito puto por não conseguir melhorar meu tempo numa meia-maratona, dessa vez, não fiquei chateado. Pelo contrário, agradeço por ter conseguido participar novamente de uma prova, já que no ano passado não rolou, por conta da fraudemia. Além disso, tive a presença da minha família, que me deu todo o suporte pra que minha participação acontecesse e não me deserdou pelo meu mau humor no dia anterior à prova, hehehehe.
Dito isso, vamos à análise. Pois é, o problema foi aquele de sempre: esquecer que
maratona é sempre ritmo antes de velocidade. Usando a minha
calculadora de tempo estimado, vi que para bater meu recorde precisaria de 05:08´/km. Usando o meu
analisador de splits ,vi que
até antes do km 35, onde eu quebrei, a média estava 05:05’/km! Parece pouca diferença, ainda mais pra provas de longa distância, mas, acredite, pode ser a diferença entre ter gás pra acelerada final e quebrar, que foi o que aconteceu comigo. Lição aprendida!
Mesmo assim, completei em 3:40:49 (
no Strava tá marcando os metros a mais, esse é o tempo do meu relógio), só 3:40 mais lento que meu recorde, que é de 3:37:09. Isso, mesmo tendo andado o km 40 inteiro, que foi feito a 09:00 cravados. Se eu tivesse conseguido nem que fosse trotar nesse km, teria conseguido. Mas tá ótimo!
Lembra que eu disse ali em cima que não tinha ficado chateado? Teve outros motivos, além da alegria de poder voltar a fazer uma
maratona e ter a minha família me esperando na chegada, pra que mesmo sem recorde eu tivesse ficado bem contente com meu desempenho:
- A altimetria da prova, embora numericamente menor que a de Floripa, foi beeeem mais difícil. Floripa tinha uma subidona monstra no km 30 e só. Quem é acostumado a treinar no Lago Sul, onde foi a maioria da MarciaTona, sabe que a área é um sobe-e-desce da peste! Pra você ter uma ideia, o meu recorde nesse percurso era 1:53:19, ritmo de 5:22´/km. A primeira volta de ontem (eram duas voltas nesse percurso!) deu 1:46:30, ritmo de 5:04´/km!
- Eu não estava treinando muito uma coisa que é decisiva pra recorde em prova longa, chamada resistência de velocidade, que é exatamente o que o nome diz: ter resistência para suportar o esforço de manter uma velocidade alta por um período de tempo prolongado. Isso você consegue fazendo alguns longões num ritmo mais acelerado e tempo-runs, duas coisas que eu vinha fazendo muito pouco, porque meu objetivo, inicialmente, era ir de boa, curtindo a prova. Mas a muié e a treinadora botaram pilha pra eu ir "no pau", que ia ter pódio, aí já viu...

Acabando a análise, queria aproveitar pra agradecer novamente e publicamente à minha treinadora, Márcia Rosa, pelo evento show de bola em todos os sentidos: água (e paçoca!) no percurso, galera ajudando nos pontos-chaves, mesmo sendo um evento fechado da assessoria e, pra fechar com chave de ouro, aquela festa que só Marcia Rosa sabe fazer! Por último, mas não menos importante, à minha esposa,
Carla Coelho, que aguentou um sábado de cara (ainda mais) feia minha, porque sabia do tamanho da minha ansiedade.
Te amo!É isso aí, galera, espero que vocês tenham gostado! Agora é pensar na próxima meta, que é bater meu tempo nos 10 km ainda esse ano!